Insano silencio nocturno criativo

Profundamente da Existência elementar, linhas colocadas em carreira de tiro caem sobre vosso olhar (duras secas nodosas_

sexta-feira

nas janelas dos nossos dias
fogem ininterruptamente as cortinas
que se transformam em aves e voam para os lagos imaginados do nosso idílico pensamento
o tempo que não pára observa o fumo a se diluir no ar
e as cortinas se escapam até alguém encostar a janela_

as palavras saem soltas, como um cavalo solto a percorrer o Vale
a emoção contida na escrita, cheia nas linhas realçada na imaginação
o toque no tronco da árvore erguida enraizada encaixada a cada toque
enquanto não há amanhã as palavras esculpidas se aglomeram
se entopem se esgotam se recriam se consomem pelo fogo da vontade
esta é a verdade no virtual
a fímbria aparece num mar calmo tranquilo sereno
de mim para uma miúda que me acompanha na estrada do pensamento_

domingo

a Formiga carregava o peso do Mundo a Cigarra cantava pelo Mundo O elefante se vergava sobre o Mundo o Tigre caçava no Mundo a Toupeira escavava o Mundo a Gazela se lançava no Mundo os Pássaros razavam o Mundo e o Homem, o Homem transformava o Mundo_