Insano silencio nocturno criativo

Profundamente da Existência elementar, linhas colocadas em carreira de tiro caem sobre vosso olhar (duras secas nodosas_

domingo

o ar dormia
enquanto eu o chamava
a chama se acendia e a água flutuava;
pelas árvores largas enormes
estendidas como um tapete, aos objectos
da mãe gravidade; outros objectos abjectos para com seus pares
os exploravam
na construcção sucessiva de prédios estreitos compridos;
eles que aglutinavam
consumiam desbravando a pele mais fina e delgada
sugando tirando arrancando
seiva leite sangue
limalha por limalha
pois mecânico o sou - pois assim sou tratado
como um trapo [rasgado sujo
um trapo sem laço mas com pontas
para a união
um trapo um tempo uma troca uma porta
uma porta de igualdade_
Queres abrir?

quinta-feira

a multidão arrebata
o alto do monte; todo ele apinhado
enquanto o rio
escorre e cospe água
ela que lava bem a pele daquela pinha
ela esmifra e se sacia
a água que não a é; agora
a verdade que mostra a realidade
da exploração que roça aborda e aglutina
o eixo central dos seres racionais; agora
ainda fazes falta; agora luta
pois não chegaste ao ponto irreversível
esse ponto que liga à ponte
essa ponte que é a morte_