Insano silencio nocturno criativo

Profundamente da Existência elementar, linhas colocadas em carreira de tiro caem sobre vosso olhar (duras secas nodosas_

quinta-feira

levantei-me num lento múrmurio
onde as costas abissais me lembram troncos erguidos
punhos abertos ao céu
acariciando gotas escuras
em loucas e velozes corridas
assim me deparo e ergo
em longas estreitas avenidas
serpenteadas por vozes aladas
irrompem raízes por um caminho
lá te encontro num ponto
estaco
lenta e levemente o vento flui_

ruas estradas incompletas acabadas
torneadas
divago num ponto
incerto, discreta a pluma dilacera
em linhas pontes montes
ramos e caules
se erguem em tempos irados
deslocam raízes e pétalas
crises marcadas pelas cor
Em aparente discordância
o céu lazuli se encontra
sobre a planície inerte por onde viajo
intensamente desloco meu pensar na intemporalidade do espaço
e revejo o que faço_

trato o resto
sobre infidáveis mesas
encaixo a peça
em maresias suaves e finas
pedra por pedra
desloco o mar no ar
quando as asas delicadamente gentis
tocam suavemente na superfície
de um rosto delicado
entreaberto apossado sorri num longo degrau
abrindo as portas em ruína
onde reis fados e majestadades
altezas realezas, míseras pobrezas
alegres gentis me cobris
num dorso tenro e profundo
só a pedra cai na água;
e a lágrima caiu na mais tenra inocência_