Insano silencio nocturno criativo

Profundamente da Existência elementar, linhas colocadas em carreira de tiro caem sobre vosso olhar (duras secas nodosas_

sábado

será que os ramos se contorcem sem dor
um tempo onde as árvores não dêem frutos
onde o vento as abane e aí possam chorar_

letras acomodadas na almofada
palavras bebidas
com o resto que o copo vira
sentir a emoção acomodada, pelo copo bebido na almofada
onde se viram letras e se inventam palavras
intrínsecas incompletas miseráveis
e uma vez mais a brisa passa_

sexta-feira

riscos

raízes impregnadas por um tempo
de sabor seco
um tempo que volta
que trás as nuvens, a chuva e as raízes uma vez mais
as nuvens lentas as raízes longas
o céu aberto
a marginal tem seus pássaros nas deambulações diárias
serenamente aconchego minhas palavras e o texto cresce
envolve-se no silêncio da noite, tal como as raízes
uma vez mais envolvidas no tempo
esse que não espera não pára, apenas flui_