Insano silencio nocturno criativo

Profundamente da Existência elementar, linhas colocadas em carreira de tiro caem sobre vosso olhar (duras secas nodosas_

quarta-feira

três ruas se construíram na metrópole que se projectava
estava a meio caminho da zona referida
quando seu olhar se desviou para a imensidão que o absorvia
assim lhe vinha à memória o tempo em que se sentia verdadeiramente completo
conseguia distinguir as formas que lhe lembravam outrora a sua vida; os seres que pululavam nas estruturas com ramificações complexas; as cores que ora impeliam uma suavidade ora agressividade consoante o meio envolvente
a dinâmica que existia, com os recados paralelos do outro lado da via
e foi neste borbulhar de actividade e memória que retomou o caminho;
cada vez que ia avançando também ia recuando no tempo
cada vez que dava um passo recuava no espaço
cada vez que se lembrava era menos um passo que dava
e foi assim que noutro tempo, noutro mundo, noutro espaço
se ficou e quedou a materialização concreta das vidas exploradas;


Porque o avanço tecnológico têm que ajudar o homem e não criar barreiras ao seu desenvolvimento a nível social, económico e cultural!
Porque o Estado através do Governo tem a obrigação de garantir ao povo o acesso à Educação, à Saúde, ao Trabalho e à Habitação!
Porque a dita modernização não pode tratar os Direitos como objectos caducos e recicláveis!
Porque a mudança das políticas de direita é a única solução para que Portugal mude o rumo para a construção de uma sociedade livre, justa e solidária (tal como consagra o 1º artigo da Constituição da República Portuguesa_