poemas gritados
em forma bruta
gritos erguidos
na forma de poema
níveis desnivelados
por decisão suprema
outros abalroados pela corja opulenta
mas esta mão
que segura a caneta
é conduzida por inumeras consciências
nas fábricas cantinas part-times e call-centers
é que escorre a tinta
que espalha a verdade da nossa sociedade
da injustiça à decadência
que tem por amizade
a precariedade
acolhendo a fome dos explorados
albergando em travessas esquinas pobreza miséria
que entrega o lucro a rodos aos ratos parasitas
do nosso Portugal
pela tinta de sangue suor e verdade
constata-se
que está ferida e doente
a nossa liberdade_
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